São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Guaru incorpora os triângulos dos Bulls

Nova tática não tem dado vitórias

DA REPORTAGEM LOCAL

O Guaru, sob o comando do técnico Marcel Ramon Ponikwar de Souza, está tentando implantar a polêmica tática ofensiva dos "triângulos", adotada com sucesso pelo Chicago Bulls, campeão da NBA, a liga profissional norte-americana.
O sistema, de assimilação lenta, tem realçado o potencial ofensivo do Guaru, mas está distante de conseguir o equilíbrio entre defesa e ataque, como ocorre no Chicago.
O Guaru vai mal no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a antepenúltima posição, com 6 vitórias e 11 derrotas.
Curiosamente, o time tem os contrastantes recordes de melhor média de pontos pró por jogo (104,4) e de pontos contra (109,7).
Mas, com um elenco modesto, o técnico Marcel Ramon Ponikwar de Souza não poderia mesmo esperar resultado muito diferente.
Ex-jogador da seleção brasileira até a Olimpíada-92, Marcel se tornou técnico com a idéia de buscar um basquete moderno, de ponta.
Por isso, os êxitos do Chicago, quatro vezes campeão da NBA em seis anos, chamaram a atenção do novo treinador brasileiro.
"O Chicago tem jogadores excepcionais e bem condicionados. Conta ainda com a genialidade do Michael Jordan. Fiquei seis meses vendo jogos pela TV e analisando vídeos para começar a entender os triângulos", afirmou Marcel.
Idealizado por Tex Winters, 74, assistente técnico dos Bulls, o sistema surgiu no campeonato universitário dos EUA nos anos 40. Os jogadores, separados por uma distância entre 3,7 m e 4,5 m, quando se movimentam, formam entre si vários triângulos equiláteros.
"Nada é fixo. Todos têm de saber passar bem e, principalmente, pensar. O jogador precisa ser o mais completo possível."
Marcel lembra que a jogada sempre tem três atletas de um lado da quadra no ataque e dois do outro, e, nos deslocamentos, são formados, seguidamente, triângulos.
Os cinco jogadores se movimentam permanentemente, o que exige preparo físico adequado, e têm total autonomia para improvisar e partir para a cesta adversária.
"Sempre alerta, qualquer falha da defesa é aproveitada", disse.

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