São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Origem mexicana virou motivo de orgulho

ESPECIAL PARA A FOLHA EM SAN FRANCISCO

Dizem que entre as texanas de origem mexicana a denominação "tejana" era apenas motivo de vergonha até Selena entrar em cena.
Segura de si e apoiada pela família, ela abusou de decotes, calças justas e boca pintada. Ganhou uma legião de fãs que perceberam a força da beleza latina sobre o padrão loiro que domina o Texas.
Para se transformar no fenômeno de vendas que arrebatou dois Grammy e ganhou discos de platina, Selena Quintanilla Perez cresceu sob a tutela do pai Abraham.
Músico frustrado com uma breve passagem pelo conjunto Los Dinos, ele transformou a família num fenômeno musical quando seu restaurante começou a dar prejuízo. Em 1981, Selena Y Los Dinos era formado pelos três filhos de Abraham. Em 1986, com apenas 14 anos, Selena recebeu o Tejano Music Awards como melhor vocalista e melhor performance do ano.
Apesar de não falar espanhol fluentemente, Selena conquistou até os mexicanos cantando em espanhol. Chegou a fazer um show para 120 mil pessoas em Monterrey. Ao morrer, havia gravado quatro músicas para seu primeiro álbum em inglês, "Dreaming of You". Em julho de 95, essas canções alcançaram o primeiro lugar na Billboard.
Em 31 de março de 1995, Selena foi assassinada pela presidente de seu fã-clube. Yolanda Saldivar havia desviado US$ 30 mil das lojas de roupas da cantora. Confessou o crime e amarga a prisão perpétua numa cadeia do Texas.

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