São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mudança na Paulista confunde usuários

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A desinformação por parte dos usuários de três linhas de ônibus que deixaram de circular sábado pela avenida Paulista marcou o primeiro dia útil após a implantação da "Operação Paulista" pela SPTrans (São Paulo Transporte, antiga CMTC).
A operação prevê a extinção, nas próximas quatro semanas, de seis linhas de ônibus e o remanejamento de outras 11, que deixariam de passar pela Paulista.
O objetivo da SPTrans é reduzir o tempo de viagem dessas linhas e desafogar o corredor de ônibus da avenida.
Segundo a CET, o volume de trânsito registrado ontem foi baixo. O pico de congestionamento da tarde ficou em 115 km, às 18h30, pequeno se comparado ao último pico da tarde -171,6 km, registrado às 19h do último dia 5.
Entretanto, às 19h30, quando a CET registrava 113 km de congestionamento, a rua 13 de Maio, agora servida também pelas três linhas remanejadas, estava congestionada no sentido centro-Paraíso.
Já foram remanejadas as linhas 5.102 (Divisa Diadema-Praça do Patriarca), 5.106 (Divisa Diadema-Praça Princesa Isabel) e 475M (Jardim da Saúde-Vila Buarque).
As três linhas passavam pela avenida Paulista, entre a praça Oswaldo Cruz e a avenida Brigadeiro Luiz Antônio, tanto no sentido bairro-centro como no oposto.
Desde sábado, as três passaram a circular, a partir da praça Oswaldo Cruz, pela rua 13 de Maio, até a Brigadeiro.
Desinformação
Usuários das três linhas foram encontrados pela reportagem, ontem, aguardando os ônibus em pontos na Paulista e no início da Brigadeiro Luiz Antônio.
O securitário Roberto da Silva, 23, era um deles. Às 18h40, ele aguardava o ônibus da linha 475M, no ponto da Brigadeiro, altura do número 2.030, onde a linha passava até sexta-feira.
Morador da Vila Buarque, Silva saiu do escritório onde trabalha, na Paulista, às 18h, e estava esperando desde então.
Apesar da presença de um fiscal da SPTrans no ponto, ele não foi informado da alteração, e afirmou não ter lido nenhum folheto informativo colado no ponto.
Silva disse que não sabia o que fazer. Ele teria que entrar às 19h15 na faculdade Mackenzie, onde estuda, mas achava que iria chegar atrasado.
A opção de descer a Brigadeiro e pegar o ônibus após o cruzamento com a 13 de Maio não agradou. "Lá é perigoso, já presenciei assaltos por lá", disse.
No mesmo ponto estava outro estudante do Mackenzie, Sinésio Pereira Martins Junior, 19, que ficou aguardando o mesmo ônibus, no local, das 18h20 às 18h45.

Texto Anterior: Jane Fonda passeia com seus cães no Rio
Próximo Texto: Casarão de Santos Dumont é invadido
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.