São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
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Justiça exige nova eleição

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça determinou que os presidentes do Palmeiras, Mustaphá Contursi, e do Conselho Deliberativo (CD) do clube, Marcio Papa, convoquem eleições presidenciais até a próxima segunda-feira.
A determinação está em liminar concedida pelo juiz da 28ª Vara Cível de São Paulo, Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira.
Os autores da ação são os conselheiros do clube Vladimir Pescarmona e Luis Wallace Nigro.
Pelo estatuto do clube, as eleições precisam acontecer 15 dias após a convocação.
O juiz determinou também que, se sua decisão não for cumprida até o dia 17 de março, Contursi e Papa terão de pagar multa de R$ 20 mil por dia de atraso.
Se essa liminar não for cassada, as eleições no Palmeiras terão de se realizar no máximo até 1º de abril.
A menos que seja cassada outra liminar, a que suspendeu os efeitos da reunião do CD que alterou os estatutos do clube, Contursi não poderá se candidatar a um terceiro mandato.
Por causa dessa liminar, o Palmeiras vive uma situação jurídica curiosa. Os mandatos da diretoria e dos conselheiros já acabaram, mas, pelo estatutos, todos, inclusive Contursi, continuam nos cargos até a decisão final da Justiça.
O conselheiro Gilto Avallone, da oposição, disse que Contursi "estava empurrando com a barriga a convocação das eleições".
Desde as 15h, a Folha telefonou oito vezes para a concessionária de automóveis da qual Papa é sócio, mas não conseguiu falar com ele. Em todas, segundo sua secretária, ele estava ao telefone ou em reunião.
A Folha tentou falar com Contursi, mas, até as 18h50, funcionários do Palmeiras diziam que ele ainda não havia chegado.
(MD)

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