São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Duto rompido derrama óleo em manguezal em Duque de Caxias
FERNANDO PAULINO NETO
Segundo a Folha apurou junto a funcionários da empresa, a quantidade de óleo que vazou pode ter chegado a algo entre 2 milhões e 2,5 milhões de litros de óleo. O superintendente de dutos e terminais da região Sudeste da Petrobrás, Pedro Guilherme de Menezes, disse que a avaliação é "completamente inverídica e improvável". Ele disse que foi aberta uma sindicância interna para descobrir as razões do vazamento. Segundo Menezes, o vazamento ocorreu a cerca de 500 metros da baía de Guanabara e a cerca de um quilômetro do ponto de chegada do oleoduto à Reduc. O vazamento foi detectado no início da manhã de segunda-feira. O bombeamento do óleo para o terminal de ilha d'Água havia começado por volta das 2h. No meio da manhã, foi descoberto o furo. Para conter o óleo, os funcionários da Petrobrás construíram diques nos canais em que houve vazamento. Além disso, duas barcaças estão recolhendo a água misturada com o óleo derramado. Segundo Menezes, como o vazamento ocorreu próximo da terra firme, também há uma área seca que foi atingida pelo óleo. Nessa área, está sendo usado um caminhão-vácuo para recolher o óleo. Segundo a Folha apurou, a Petrobrás chegou a utilizar helicópteros de uma empresa de táxi aéreo para tentar achar o buraco no duto. Ontem à tarde, o superintendente utilizou um helicóptero para percorrer a área atingida e disse que não havia uma gota de óleo no mar. O vazamento foi de um óleo utilizado como combustível para caldeiras em indústria. É um óleo pesado, que afunda com facilidade no mangue. O biólogo Mário Moscareli, da secretaria municipal de Meio Ambiente do Rio, há dois meios de se acabar com um mangue -"ou se aterra ou joga óleo nele". Segundo Moscareli, pode haver "uma intoxicação da flora do manguezal" com o vazamento do óleo. Segundo ele, se o óleo afundar no manguezal, pode chegar ao mar pela força das marés. Explosão A explosão de um cilindro de oxigênio matou ontem em Ipojuca (BA) três operários da empreiteira Perbrás, que presta serviço para a Petrobrás. A explosão ocorreu quando os empregados faziam um trabalho de solo no campo de Miranga, de extração de petróleo no município, a 68 km de Salvador. Morreram José de Jesus, Antonio Walter e Jean Carlos Adonias. Até a noite de ontem, os diretores da Petrobrás e da empreiteira não tinham divulgado nota sobre o acidente. Colaborou a Agência Folha em Salvador Texto Anterior: Eco-92 não tem resultado, afirma presidente de ONG Próximo Texto: Aposentada reclama de ônibus lento Índice |
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