São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Aumento é injustificável, diz Fenabrave
SÉRGIO LÍRIO
Anteontem, a Volkswagen aumentou os preços em cerca de 3%. A Fiat pretende reajustar seus carros em abril. Em janeiro, as montadoras já haviam aumentado seus preços entre 0,85% e 3,5%. Reze evitou usar a palavra "cartel", mas afirmou achar estranho que os reajustes sejam promovidos na mesma época e que os índices sejam semelhantes. "Cada empresa sofre pressões diferentes sobre o custo", disse. Segundo Reze, a produção vem crescendo mais que o consumo e essa seria uma das razão para que os preços fossem mantidos. Os ganhos de produtividade das montadoras nos últimos tempos seria outra razão. Os sinais de que o consumo está abaixo do esperado, afirma Reze, são os estoques elevados, que duram em média 17 dias, e a queda nas vendas de fevereiro em relação a janeiro. As concessionárias comercializaram 161.982 unidades no mês passado. A queda foi de 7,12% na comparação com janeiro, quando foram vendidos 174.407 veículos. As montadoras negam qualquer cartelização no setor. O assessor de imprensa da Fiat, Marco Antônio Lage, justifica os reajustes como uma necessidade de recompor os preços em relação aos custos. "A Fiat é a empresa que aumenta menos e de forma diferente das outras. Se existia algum cartel no setor, nós o quebramos", disse. A empresa aumentou seus veículos cerca de 0,9% em janeiro. Outras montadoras não quiseram comentar os reajustes. Queda As vendas de automóveis e comerciais leves em fevereiro caiu 8,54% em relação ao mês anterior. Foram comercializadas 132.735 unidades no mês, contra as 145.136 de janeiro. As vendas desses segmentos nos dois primeiros meses deste ano, porém, registram alta de 18,9% quando comparadas a mesmo período do ano passado. No geral, as concessionárias venderam 20,77% mais no primeiro bimestre de 97 do que no de 96. Nos dois meses deste ano, foram comercializadas 336.389 unidades. Mas Reze recomenda cautela na hora de analisar o crescimento em relação a 96. Segundo ele, a economia ainda sofria os efeitos da retração do consumo promovida pelo governo na metade de 95. A mesma cautela vale para o desempenho das vendas de máquinas agrícolas. Apesar do crescimento de 25,35% em fevereiro contra janeiro, o mercado ainda estaria muito comprimido. Texto Anterior: Covas lança câmara do ABC Próximo Texto: Banco investe na rede Fiat Índice |
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