São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997![]() |
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Proteção ambiental preocupa maioria
DA SUCURSAL DO RIO Pesquisa realizada em 25 países, pelo instituto IEML (International Environmental Monitor Limited), com sede no Canadá, constatou que a maioria das pessoas já aceita trocar o desenvolvimento econômico por proteção ambiental.Os primeiros resultados -referentes a 20 países- foram apresentados ontem na Rio+5 pelo presidente do IEML, Doug Miller. Para ele, a consciência ambiental está aumentando. Foram ouvidas 25 mil pessoas de janeiro ao início de março -o que representaria, estatisticamente, cerca de 60% da população mundial-, em países como os EUA, França, Nigéria e Chile. O Brasil não entrou na pesquisa. "Na maioria dos países, exceto na Rússia e na Polônia, onde a pressão da crise econômica é mais forte, as pessoas estão querendo trocar desenvolvimento econômico por proteção ambiental", disse. Em 19 dos 20 países, de cada dez entrevistados, oito dizem achar que a saúde de seus filhos seria prejudicada por problemas ambientais. Em países como a Coréia, a Itália, o Peru e a Índia, cerca de 80% disseram já ter uma grande preocupação com a saúde de seus filhos. O Japão foi o país em que as pessoas se mostraram menos preocupadas com a questão. Ali, apenas 27% demonstraram estar muito preocupadas que problemas ambientais afetem a saúde dos filhos. Mas 47% dos japoneses responderam ter uma "preocupação razoável" com a questão. Em todos os países, o índice de pessoas muito ou razoavelmente preocupadas com essa questão supera os 70%. Além disso, em 17 países, a maioria acredita que a sua própria saúde está sendo afetada. Miller afirmou ter ficado evidente que existe uma percepção comum de que a sobrevivência da humanidade está correndo risco. Ele disse acreditar que, nos próximos cinco anos, o mundo vai assistir "a uma nova onda verde", a exemplo do que ocorreu em 1992, com a realização da Eco-92. Por "onda verde", Miller entende um movimento de pressão popular sobre os líderes das nações para que promovam políticas de desenvolvimento que respeitem a proteção ambiental. Texto Anterior: Torres vão fiscalizar o ar da Amazônia Próximo Texto: Rio+5 começa com discurso feminista Índice |
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