São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

18 morreram sufocados

DA REPORTAGEM LOCAL

Cinquenta detentos do 42º DP foram postos em uma cela-forte de 1,5 metro de largura por 3 metros de comprimento como castigo por causa de uma rebelião na cadeia.
Horas depois, a cela foi aberta: 18 presos estavam mortos, sufocados. Trinta e dois sobreviveram. A rebelião aconteceu no Carnaval. Além dos três policiais civis processados pelos assassinatos, a Justiça também está analisando a participação de policiais militares no caso.
Os 29 PMs teriam ajudado os colegas da Polícia Civil a colocar os detentos na cela-forte. Por isso, eles foram denunciados pelo Ministério Público como co-autores do massacre da cela-forte.
O processo contra os policiais militares saiu do Tribunal de Justiça Militar no ano passado e foi enviado ao 1º Tribunal do Júri, onde será julgado por causa da lei que definiu como crime comum os homicídios dolosos cometidos por PMs contra civis.
No final do ano passado, o juiz Dácio Giraldi decidiu afastar os policiais militares do patrulhamento das ruas acolhendo a argumentação do Ministério Público de que eles poderiam pressionar testemunhas do caso, cuja maioria é formada por detentos.

Texto Anterior: Delegado acusado de massacre de presos terá novo julgamento
Próximo Texto: Juiz autoriza autopsia em corpo do locutor; Juíza decreta prisão de PMs suspeitos no MA; Ônibus param em protesto contra crime
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.