São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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CPI urgente; Casa da sogra; Terceira hipótese; Preferência operária; A conferir; Pisando em ovos; Mantendo a aparência; Estratégia Garrincha; Trombada à vista; Sem mocinhos; Laranjal unido; Curiosidade federal; Boa desculpa; Pizza com laranja; Falta espaço no PFL; Dia de campanha

CPI urgente
Almir Pazzianotto (TST) fez um levantamento do estoque de precatórios na Justiça trabalhista. União, Estados e municípios têm R$ 1,02 bi a pagar em 97. É 1,3 vez o que está no Orçamento para investimento na Educação.

Casa da sogra
O grosso das dívidas trabalhistas está espetada na conta da União: R$ 528 mi. A maior parte de autarquias e fundações federais. Mas o valor é maior. Nem todos os tribunais regionais enviaram os números pedidos.

Terceira hipótese
Para Pazzianotto, que é corregedor da Justiça do Trabalho, a dívida trabalhista do poder público não se justifica. Revela apenas que "ou a lei não foi compreendida, ou foi malfeita, ou o Estado não foi bem defendido".

Preferência operária
Ao contrário de FHC, que foi vaiado anteontem por metalúrgicos do ABC paulista, o governador Covas é considerado aliado da CUT na tentativa de evitar a desindustrialização da região.

A conferir
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), diz que vai regulamentar todos os dispositivos da Constituição que até hoje dependem de lei complementar. Detalhe: a Constituição é de 88.

Pisando em ovos
Luís Eduardo Magalhães deu um freio na articulação para fazê-lo vice de FHC na chapa da reeleição em 98. Uma disputa agora, na avaliação de pefelistas, só dividiria o partido e comprometeria sua posição na sucessão.

Mantendo a aparência
Na disputa interna do PFL, Luís Eduardo Magalhães tem sido aconselhado a compor com Maciel em 98. Para tê-lo como aliado em 2002, quando disputaria a presidência, depois de passar pelo governo da Bahia.

Estratégia Garrincha
Nos sonhos dos aliados de Luís Eduardo, Marco Maciel, que é professor constitucionalista, poderia aceitar um lugar no STF em 2002. Mas ninguém combinou nada com o vice-presidente.

Trombada à vista
O relator Alberto Goldman (PMDB-SP) quer que a própria lei geral de teles fixe as regras de licitação para o setor. É contra a proposta de Sérgio Motta (Comunicações), que deixa para o órgão regulador essa tarefa.

Sem mocinhos
Para o malufismo, o depoimento mais importante da semana na CPI dos Precatórios foi o de Fábio Nahoum (Banco Vetor). Ele deu o seu recado.

Laranjal unido
O advogado do laranja Ibrahim Borges Filho (empresa IBF), Ricardo José do Prado, está ligando para os defensores de outros laranjas que são alvo da CPI dos Precatórios. Para traçar uma estratégia de defesa comum.

Curiosidade federal
Ronaldo Ganon, sócio do Banco Vetor, esteve com FHC já com a CPI dos Precatórios em andamento. No mês passado, no jantar que seu cunhado Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) ofereceu ao presidente.

Boa desculpa
Na avaliação de líderes governistas, a CPI já apurou o que devia e a manutenção dos trabalhos só serviria para desgastar a imagem do Senado, considerada boa até agora. A PF (Polícia Federal) continuaria o trabalho.

Pizza com laranja
Na esteira da CPI dos Precatórios, a PF achou inquérito de 93 em que as corretoras Negocial e Split são acusadas de pagar "laranjas" para assinar 220 cheques em branco. Não deu em nada.

Falta espaço no PFL
Intensificaram-se os entendimentos para a filiação de Roseana Sarney (MA), e talvez do irmão Zequinha, ao PSDB. A governadora tem falado quase todos os dias com Serjão e, mais espaçadamente, com FHC.

Dia de campanha
A partir de agora, FHC deverá concentrar suas viagens domésticas nas sextas. Começa nesta semana pelo Nordeste. Vantagens: é um dia mais tranquilo e evita que o presidente deixe Brasília no meio da semana.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De José Genoino (PT-SP), sobre Severiano Alves (PDT-BA), eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara devido a uma manobra dos governistas:
- É um testa-de-ferro. Só está lá por interesse do Paulo Renato (ministro da Educação).

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