São Paulo, domingo, 16 de março de 1997 |
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Psicólogo cria divã virtual na Internet
MAURICIO STYCER
Está crescendo nos Estados Unidos e já começa a se difundir no Brasil o uso do computador como um meio de intermediação entre terapeutas e seus pacientes. A forma mais comum de terapia on line é por meio de e-mail, o correio eletrônico. O paciente manda uma mensagem pelo computador ao terapeuta descrevendo os seus problemas e recebe uma resposta horas depois. Cada mensagem do psicólogo equivale a uma sessão. Nos EUA, alguns terapeutas cobram até US$ 90 por e-mail. Uma segunda forma de terapia on line, menos comum, mas realmente em tempo real, é feita nas chamadas salas de bate-papo. O terapeuta combina com seu paciente um encontro numa sala de "chat" e os dois ficam lá trocando idéias, reservadamente. Nesses casos, os terapeutas costumam cobrar R$ 1,50 por minuto de papo. Já há terapeutas fazendo terapia de grupo on line. O meio utilizado é o mesmo: as salas de bate-papo. O problema A terapia on line é uma forma polêmica de tratamento. Contraria princípios sagrados da psicanálise e é condenada, no Brasil, pelo Conselho Federal de Psicologia. A principal crítica que se faz à terapia on line, assim como a outras formas heterodoxas, como terapia por telefone ou por fax, também adotadas no Brasil, é que nada pode substituir o contato cara a cara entre terapeuta e paciente. Mas não falta muito, segundo previsão de um dos pioneiros no Brasil na terapia on line, o psicólogo Marcelo Salgado, para que terapeuta e paciente se olhem durante as sessões on line, via computador. A tecnologia necessária para isso já existe (computadores velozes, com grande capacidade, e pequenas câmeras de vídeo acopladas). O que falta é os possíveis interessados terem recursos (cerca de R$ 3.500,00) para se equiparem. LEIA MAIS sobre terapia on line às págs. 2 e 3 Próximo Texto: ENDEREÇOS Índice |
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