São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Programa cuida de paciente em casa e libera vaga de hospital

CLAUDIA VARELLA
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

A Prefeitura de Santo André (Grande SP) implementou um programa de atendimento domiciliar para reduzir custos de internação na rede pública e "humanizar" o atendimento aos pacientes.
O PID (Programa de Internação Domiciliar) atende pacientes do Hospital Municipal em casa, desde fevereiro.
O secretário municipal da Saúde, Homero Nepomuceno Duarte, 36, disse que o programa também visa a evitar infecções hospitalares, além de deixar mais vagas livres nos hospitais.
Segundo ele, um paciente custa por dia ao PID R$ 20. No hospital a diária é de, no mínimo, R$ 150.
A prioridade do PID é atender pacientes vítimas de acidente vascular cerebral -como derrame e isquemia cerebral-, de problemas vasculares decorrentes da diabetes, de problemas neurológicos, idosos com problemas pulmonares e pessoas com câncer em estado terminal.
Pacientes ficam no hospital, em média, 14 dias. Segundo o secretário, com o PID, esse tempo de permanência cai pela metade.
"Tiramos o paciente do hospital depois que ele já passou pela fase aguda. O final do tratamento é feito em casa." A primeira equipe -médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, psicólogo e nutricionista- atende 16 pacientes, mas tem capacidade para 20.
No total, a secretaria quer formar cinco equipes. "Com cem pacientes no total, teremos praticamente outro hospital." O Hospital Municipal tem 120 leitos.
Em Diadema (Grande SP), o PID existe há 11 meses. Nesse período, o programa já atendeu 400 pessoas. A equipe tem hoje 40 pacientes em casa. "O objetivo é 'desospitalizar' o paciente. Mas, se ele precisar, tem uma vaga no hospital", disse o secretário municipal da Saúde, Gilberto Natalini, 44. Segundo ele, o PID deverá ter capacidade para atender 150 pacientes até o final deste ano.

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