São Paulo, domingo, 16 de março de 1997 |
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"Cheguei ao ponto mais alto como honesto"
DA REPORTAGEM LOCAL Muita politicagem e pressão. É assim que o ex-árbitro Francisco Feitosa Benedicto, 46, define o ambiente da profissão. "É difícil provar, mas existem coisas terríveis."Segundo ele, ninguém fala diretamente. "Mas dão a entender, com frases como: 'Tomara que o time tal ganhe. Mas você vai apitar o jogo normalmente'." Diz já ter visto times "recomendados" perderem, e o árbitro não ser escalado por meses. Benedicto, que é dentista em São Paulo, apitou de 80 a 94 e diz que pretende escrever um livro sobre o assunto. "Como honesto, acho que cheguei ao ponto mais alto" -saiu como auxiliar da divisão principal. Outro problema é a preferência pelos que têm mais disponibilidade. "Preenche-se uma ficha dizendo que dias da semana tem disponíveis. Muitos optam por todo dia por medo de não ser escalado." Texto Anterior: Árbitro de futebol Próximo Texto: Aspirante à Fifa fez o curso sete anos atrás Índice |
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