São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Maguila nunca largou profissão de pedreiro

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A princípio, ele diz: "Meu primeiro emprego? Nem me lembro". Depois, com a memória mais fresca, afirma: "Trabalhei em obra desde os 12 anos, como pedreiro. Mas no começo era só faxineiro. Não podia com nada".
O peso-pesado Adilson Maguila Rodrigues, 38, começou na profissão de pedreiro na Cerâmica São João, em Aracaju (SE), e, segundo ele, nunca mais a deixou.
"Fui servente e, com 14 anos, já cheguei a ser pedreiro", diz, orgulhoso. "Hoje sou pedreiro, motorista e boxeador. Até hoje faço casinha de cachorro e de cavalo na minha chácara. Era 12º no ranking mundial e continuava a trabalhava como pedreiro."
No começo, o dinheiro não dava para nada. "Só para ajudar meus pais. Depois vim com meu irmão trabalhar em São Paulo."
Sua chácara fica em Itaquaquecetuba (35 km a leste de São Paulo), onde hoje ele também é secretário dos Esportes. Lutar boxe era um sonho de infância.
Mas, para ele, trabalhar em construção não o ajudou a ficar mais forte para lutar. "O esforço é diferente, não tem nada a ver", diz o pugilista, que promete lutar contra um norte-americano -não tem o nome- no próximo mês.
(LPz)

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