São Paulo, domingo, 16 de março de 1997 |
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Clássico prevê 'pulverização' de gols ARNALDO RIBEIRO ARNALDO RIBEIRO; VALMIR STORTI
São Paulo e Santos fazem hoje, às 11h, no Morumbi, um clássico que promete "pulverização" de gols. Carentes de "matadores", os times têm ataques solidários e diversos artilheiros de poucos gols. Isso já não acontece com o líder Palmeiras, melhor ataque da competição com 25 gols, que estão concentrados nos goleadores Luizão (8 gols) e Viola (7) e em mais quatro jogadores (Djalminha, Marquinhos, Galeano e Cafu). Em contrapartida, 11 jogadores fizeram os 16 gols do São Paulo: Cláudio, Nem, Serginho, Belletti, Adriano, Denílson, Dodô, Marques, França, Aristizábal e até o goleiro Rogério. O artilheiro da equipe é Dodô, com apenas três gols. No time de hoje, só os zagueiros Válber, Rogério Pinheiro e Bordon e o volante Axel não marcaram. "Sem um matador, estamos repartindo a tarefa de fazer gols. Nós, atacantes, estamos preparando as jogadas para quem vem de trás", afirmou Marques. Para o técnico Muricy, essa solidariedade é positiva para o time. "Não temos ninguém fixo na área, temos participação total no ataque. Ao meu ver, é mais difícil marcar uma equipe assim", disse. Reforço O Santos também divide a tarefa de fazer gols. Oito jogadores (Alessandro, Alexandre, Robert, Macedo, Vágner, Marcos Assunção, Ronaldão e Fumaça) marcaram os 15 tentos da equipe, O artilheiro é Robert, também com três gols. Diferentemente do que acontece no São Paulo, o técnico Wanderley Luxemburgo não está satisfeito. Ele pede a contratação de um goleador desde o início do campeonato e só acalmou com a notícia da provável aquisição de Muller. Horário São Paulo e Santos fazem o segundo clássico às 11h do Paulista. As duas equipes estão preocupadas com o desgaste dos jogadores devido ao calor. Segundo a meteorologia, deve fazer sol hoje na capital, com pancadas isoladas de chuva. A mínima prevista é de 20° e a máxima, de 26°. "O problema é que o calor vai aumentando na medida em que o desgaste dos atletas vai crescendo, ao contrário do que acontece à tarde", disse Moraci Sant'Anna, preparador físico do São Paulo. A exemplo do que aconteceu no clássico matutino contra o Corinthians, haverá garrafas d'água ao redor do gramado para os jogadores se reidratarem durante o jogo. O técnico Muricy evitou criticar a marcação do jogo para a manhã, para não "criar um fantasma e um trauma para os jogadores". "Não há problema. O time soube jogar contra o Corinthians pela manhã", disse Muricy. Nessa partida, o São Paulo fez 4 finalizações no primeiro tempo e 11 no segundo. "Se errarmos poucos passes, vamos correr e nos desgastar menos", diz o meia Denílson. LEIA MAIS - sobre o clássico e a rodada na págs. 4-2 a 4-6 Próximo Texto: São Paulo leva ligeiro favoritismo no clássico Índice |
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