São Paulo, domingo, 16 de março de 1997 |
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Corinthians muda de novo para enfrentar o São José
FÁBIO VICTOR
Após oito rodadas, o treinador Nelsinho Batista ainda não conseguiu repetir a mesma formação em duas partidas seguidas no torneio. O motivo são as sucessivas contusões e as suspensões por cartões amarelos e vermelhos. No jogo de hoje, três titulares ficarão de fora, todos contundidos. O goleiro Ronaldo, com uma pancada no tórax, o zagueiro Célio Silva, que voltou a sentir uma contratura muscular na coxa direita, e o meia-atacante Marcelinho, com dores lombares, serão substituídos por Maurício, Henrique e Gilmar. A situação cai como uma luva para que treinador e dirigentes justifiquem a falta de entrosamento do time -principal alvo das críticas dos torcedores. "Dificulta para a gente e para os jogadores, que nunca sabem qual o companheiro que irá atuar ao seu lado", disse Nelsinho. Segundo o treinador, a incerteza quanto à disponibilidade do elenco influi diretamente no rendimento dos jogadores, o que é agravado pelo fato de o elenco ter sido formado recentemente. "Não ter uma base formada atrapalha. Se fosse um grupo que estivesse junto há muito tempo, talvez não sentisse tanto." Para o vice-presidente de futebol do Corinthians, José Mansur, nenhuma cobrança deveria ser feita até que o time começasse a adquirir ritmo. "É evidente que o fato de não podermos repetir a equipe é o que vem prejudicando o Corinthians no campeonato", disse. Os jogadores beneficiados acabam achando pontos positivos nas mudanças. "O bom é que todos os que entram jogam com muito mais disposição", afirma o lateral-direito André Santos. Após substituir Rodrigo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, na semana passada, Santos não largou mais a posição de titular. Vaias Os jogadores procuraram minimizar o efeito das vaias recebidas pela equipe após a vitória de 2 a 0 sobre o Juventude, na quinta-feira, pela Copa do Brasil. "Para continuarmos bem temos que deixar as vaias à parte e passar a considerar só os aplausos", disse o atacante Mirandinha. Para o atacante Túlio, os torcedores estão esperando da equipe um rendimento além do que ela pode apresentar. "A torcida deve estar achando que o time é uma supermáquina. Eles têm que saber o que querem, se espetáculo ou resultado." "Não sei o que está acontecendo, pois fizemos um bom primeiro tempo contra o Juventude. Mas a torcida é assim mesmo. As vaias entram por um ouvido e saem pelo outro", completou o meia Souza. NA TV - ESPN Brasil, ao vivo Texto Anterior: Araçatuba; Palmeiras Próximo Texto: Novo posicionamento de Túlio causa polêmica Índice |
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