São Paulo, domingo, 16 de março de 1997 |
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A Reforma da Natureza
DA REDAÇÃO Dolly ainda não é a senha para a criação de exércitos de réplicas humanas. Pode ser, em breve, diz o cientista Axel Kahn: um mamífero, como uma ovelha, não é biologicamente muito diferente de outro, um homem. Mas o grande interesse do experimento escocês de clonagem é, de imediato, outro: é o da indústria farmacêutica, da fertilização artificial humana e da saúde, como mostra o Mais!.A técnica biológica da clonagem vai permitir a produção de peças humanas de reposição: cada indivíduo poderá ter seu banco de células para uso em caso de certas doenças. Será barateada em dezenas de vezes a produção de substâncias de uso médico por animais e plantas mutantes, geneticamente alterados. Agora está aberta a possibilidade de produção "industrial" desses animais transgênicos, "torneiras" de proteínas. A tecnologia vai incrementar a indústria da fertilização em laboratório para uso de pessoas estéreis ou que busquem a correção de defeitos genéticos desde o nascimento. A técnica Dolly permitirá que se monte uma célula com o descarte da parte doente. Um pedaço celular de um doador saudável a substituiria. Texto Anterior: O horror e a loucura Próximo Texto: Depois de Dolly Índice |
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