São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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'Professor Pardal' lucra com criações

ALEXANDRE LOURES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O estereótipo de que todo inventor é maluco não se aplica aos brasileiros que fazem da criatividade o principal meio de vida. Hoje, o país tem 400 inventores buscando parcerias para viabilizar inventos.
É o que fez a dentista Beatriz Zorovita quando desenvolveu, há mais de 20 anos, o "lava-arroz", um utensílio de plástico que separa as impurezas do alimento.
Ela patenteou o projeto e negociou sua fabricação com a extinta Troll. "Com o que ganhei, vivi 20 anos de bonança e construí uma casa. Ganhava mais com a invenção do que como dentista."
Seguindo o exemplo de Beatriz, o ex-executivo Marco Antônio Carvalho procura parceiros para comercializar sua invenção: um bloqueador eletrônico de gás.
Ele não acredita em parcerias com grandes indústrias, prefere buscar o apoio de pequenos colaboradores, que assumiriam cada etapa da produção de seu invento, desde a fabricação até as vendas.
Segundo Carvalho, a Câmara Municipal de São Paulo, devido à explosão ocorrida no Osasco Plaza Shopping, no ano passado, elaborou um projeto de lei exigindo a obrigatoriedade do uso de sensores de vazamento de gás em locais comerciais e industriais da cidade.
O professor de educação física Roberson Teixeira não esperou patrocínio para viabilizar seu invento. Ele desenvolveu, há 11 meses, uma máquina de fisioterapia e ginástica passiva. Ele fabrica o aparelho com recursos próprios e o vende de porta em porta.
Cada aparelho custa R$ 2.500. Teixeira afirma já ter vendido mais de 30. "Recuperei o que investi, e sobrou para novas invenções."

LEIA MAIS sobre invenções à pág. 9-12

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