São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997 |
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Juro baixo e prazo longo atraem importação
CLÁUDIO EUGÊNIO
Essas vantagens eram conseguidas apenas pelas grandes indústrias. Hoje, o benefício também atinge as indústrias médias. O interesse internacional em investir no país tem facilitado os negócios com o mercado externo. No período inflacionário, os bancos intermediavam as linhas de crédito oferecidas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com maior frequência. A somatória dos ganhos com o "float" era muito maior do que os 2% de comissão que recebiam. Com o Plano Real, a comissão paga aos bancos passou a ser de no máximo 3%, e os riscos, com o aumento da inadimplência, cresceram muito. Várias formas de negócios são feitas por meio de instituições financeiras do Brasil e do exterior e até diretamente com o fabricante. O setor de bens de capital tem alíquota de importação reduzida, devido ao incentivo do governo federal à modernização da indústria nacional. Luiz Henrique Peres Calil, da CB - Comercial, Importadora e Exportadora, diz que é possível conseguir financiamentos com prazos de pagamento de até dez anos, dependendo do valor do equipamento e do porte da empresa. "As taxas de juros no Brasil são muito altas e os prazos de financiamento são de, no máximo, 60 meses. Assim, importar maquinário tornou-se vantajoso para o empresário brasileiro", diz Calil. Para ele, é preciso verificar alguns itens antes de fechar o negócio. A viabilidade econômica, o custo do produto, transporte, impostos a serem pagos na nacionalização e forma de pagamento devem ser levados em conta. "O ponto mais importante, porém, é saber se a empresa fornecedora tem assistência técnica no Brasil" afirma Calil. O financiamento no exterior pode ser de até 100% do custo do produto. No país, o máximo é de 85%. Texto Anterior: Alimentos encomendam menos Próximo Texto: Privatização deve ativar compra de máquinas Índice |
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