São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997
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Marcha antidesemprego reúne trabalhadores de toda a Europa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cerca de 50 mil pessoas de toda a Europa, segundo a polícia, ou 120 mil, segundo os organizadores, marcharam ontem nas ruas centrais de Bruxelas (Bélgica) em protesto unificado contra o desemprego. A passeata começou às 13h40 (9h40 em Brasília).
Com faixas coloridas, balões, apitos, fogos de artifício, sirenes e megafones, os manifestantes demonstraram sua solidariedade aos demitidos pela Renault e pediram políticas de emprego aos governos da União Européia.
Há duas semanas, a Renault anunciou a decisão de fechar sua fábrica em Vilvoorde, próxima a Bruxelas, e demitir 3.100 pessoas.
Os sindicatos alegam que a empresa fere as leis da UE ao não tentar acordo com os trabalhadores nem aprovação de tribunal.
"Esse protesto é um sinal de raiva e indignação. Um sinal de solidariedade contra a barbaridade", disse Willy Peirens, líder da central belga CSC, de orientação democrata-cristã.
"Os governos forçam o cumprimento das leis no que diz respeito à febre dos porcos, mas não no que diz respeito a nós", dizia uma das faixas dos manifestantes.
A marcha chegou ao seu final, na estação de trens do sul de Bruxelas, quando muita gente ainda aderia ao protesto no local de início, na estação do norte, a três quilômetros de distância.
"É um show de solidariedade. Nós somos todos trabalhadores", disse Stewart Davis, 22, que veio com uma delegação da Rolls Royce de Bristol, na Grã-Bretanha.

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