São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997 |
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Rainha pode ser julgado amanhã
FABIANA PEREIRA
Rainha é acusado de ter assassinado um policial e um fazendeiro em 1989, em Pedro Canário (258 km ao norte de Vitória). Os advogados do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) haviam pedido há dez dias uma liminar para o "desaforamento" de José Rainha Jr., ou seja, a transferência do julgamento de Pedro Canário para Vitória. O argumento usado pelos advogados do movimento dos sem-terra foi de que, se o julgamento ocorresse em Pedro Canário, os fazendeiros da região poderiam pressionar os jurados e influenciá-los na decisão. Outra justificativa foi a de que naquela cidade não haveria garantias de vida para o líder. Com a decisão da desembargadora-substituta Catharina Maria Novaes Barcellos, do Tribunal de Justiça de Vitória -que negou ontem o pedido de liminar-, a data do julgamento fica mantida para amanhã, às 12h30, no Fórum de Pedro Canário. Notificação Até ontem, o líder José Rainha Jr. não havia sido notificado. Os advogados que defendem o líder dos sem-terra não disseram se ele se apresentaria para ser julgado. "Não adianta interpormos um recurso para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), porque isso levaria muito tempo e não resolveria o problema, porque o julgamento é na quarta", disse o advogado do movimento dos sem-terra Jovelino Strozake. Como não foi notificado, se Rainha Jr. não comparecer, a Justiça terá de adiar o julgamento. Texto Anterior: Trabalhadores retêm avião Índice |
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