São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997![]() |
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Universitárias são reprovadas no campo LUIZ CESAR PIMENTEL e FERNANDO ITOKAZU LUIZ CESAR PIMENTEL; FERNANDO ITOKAZU
Os boletins das jogadoras do time feminino de futebol da USP (Universidade de São Paulo) são ótimos, mas o desempenho delas no campo deixa a desejar. Com um "currículo" na pré-temporada do Paulistana, o Paulista feminino de futebol, de três derrotas -1 a 7 (Lusa), 1 a 10 (Santos) e 0 a 3 (Corinthians)- e uma vitória -2 a 1 na Ponte Preta-, o time teve que receber nove reforços para não fazer feio no torneio, que começa hoje (veja abaixo os jogos da rodada). Às 14 universitárias que formavam a equipe, somaram-se 9 jogadoras menos "letradas". Seis colegiais do Instituto Ayrton Senna, que tem convênio com a USP, e três da seleção brasileira -Telma, Elsi e Nenê-, com curso primário, foram contratadas pela empresa que promove o torneio, a Sport Promotion, para garantir o equilíbrio da competição. "Melhorou 100%. Com esses reforços, vamos surpreender", afirma a lateral-esquerda Mônica Calvo, 21, que cursa Economia. Calvo é uma das quatro universitárias que permaneceram titulares após a chegada dos reforços. O treinador do time, José Carlos Astrauskas, não compartilha da mesma opinião da lateral. "Nosso objetivo não é ser campeão. Nosso time está preparado para qualquer resultado", afirma. Aulas e espelhos A equipe, que treina de segunda a sexta, das 12h às 14h, enfrenta outro problema, além da parte técnica: conciliar os livros com a bola. "Se tiver jogo, eu até falto. Mas, em treino, eu ainda posso usar a desculpa de que vou ter aula", explica a zagueira, e futura dentista, Fernanda Sadek, 20. Se os jogos ganham uma importância maior que as aulas na escala de valores da zagueira, existe um ponto que supera todos: a vaidade. Destaque do time no quesito beleza, Sadek anda se cuidando até dentro de campo. "Depois do que a zagueira do Santos, a Elane, fez com a goleira do São Paulo, eu passei a entrar mais precavida", garante. No Torneio Início, no dia 9, a goleira Didi levou a pior em uma dividida com a zagueira, deslocou o maxilar e quebrou cinco dentes. Astrauskas garante que a vaidade não se restringe à zagueira. "Para as meninas de talento, o torneio é uma vitrine. Mas, para as da faculdade, é um espaço para aparecerem entre as amigas." O time da USP estréia no Paulistana-97 contra o Corinthians, amanhã, às 18h45. NA TV - São Paulo x Mackenzie; Bandeirantes, ao vivo, às 18h45 Próximo Texto: USP goleia Corinthians na escolaridade Índice |
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