São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997 |
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Pedida intervenção em módulo do PAS
CRISPIM ALVES
O pedido de intervenção, assinado pelos promotores Wallace de Paiva, Sérgio Sobrane, Elaine Garcia e Saad Mazloun, é baseado em denúncias de contratação irregular de empresas pelo módulo 1. A representação foi entregue ontem à tarde ao secretário Massato Yokota por seu assessor Renato Gianini Júnior. Segundo sua assessoria de imprensa, Yokota vai analisar o pedido antes de dar qualquer tipo de declaração. São elas a Aifa Clean e Lavanderia Imperial, cujos sócios são Acioly Moreira (irmão de Luiz), Fábio Roberto Moreira e Roberto Moreira (seus sobrinhos). As duas empresas, segundo o TCM (Tribunal de Contas do Município), cobravam preços superfaturados. Luiz Fortunato Moreira pediu demissão, que foi aceita, anteontem. A Folha deixou recados na caixa postal do seu celular, mas não houve retorno até as 19h30. Acioly Moreira e seus filhos não foram localizados. Segundo Mazloun, em seu depoimento, Fortunato Moreira afirmou não saber que as duas empresas pertenciam a sua família, mas entrou em contradição ao dizer que seu irmão ia às reuniões com representantes das empresas contratadas pelo módulo 1. Ele declarou também que as contratações foram feitas por Osires Del'Aqua, diretor do Cooperpas 1 (cooperativa dos médicos). Del'Aqua informou, por meio de assessoria, que desconhecia o grau de parentesco dos sócios das empresas com o ex-diretor do módulo. Disse ainda que não é prática comum apurar isso. As denúncias de irregularidades foram feitas no ano passado por um ex-funcionário de uma dessas empresas. Elas foram ratificadas em depoimento ao Ministério Público na semana passada. Mazloun prefere não divulgar o nome do ex-funcionário. Fortunato Moreira está abrindo, em sociedade com Roberto Paulo Richter, ex-secretário da Saúde, uma empresa que presta consultoria sobre o PAS. Texto Anterior: Mulher quer poder e prazer Próximo Texto: 'Operação Batista' é levada aos EUA Índice |
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