São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997 |
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FGTS deve aprovar mais R$ 1,4 bi em 97 Orçamento total seria de R$ 5 bi SHIRLEY EMERICK
A previsão inicial de contratação -soma dos contratos assinados- com recursos do fundo era de R$ 3,6 bilhões em 97. O FGTS tinha em fevereiro um saldo de R$ 10,25 bilhões. Desse total, R$ 1,05 bilhão faz parte da reserva de liquidez e R$ 3,61 bilhões são de compromissos existentes (como o pagamento dos financiamentos já contratados). No planejamento orçamentário de 97, incluindo a contratação original de R$ 3,6 bilhões, o fundo chegaria em dezembro com um saldo de R$ 10,73 bilhões. São Paulo A CUT (Central Única dos Trabalhadores) sugeriu ao Ministério do Planejamento a suplementação de mais R$ 1,4 bilhão, argumentando que isso não vai comprometer as reservas. O ministério aceitou a proposta e vai apresentar um voto, pedindo maior aplicação do fundo em habitação e saneamento. O voto já foi discutido pelo GAP (Grupo de Apoio Permanente), formado por técnicos que auxiliam o conselho curador. A reunião do fundo será amanhã. Com essa reformulação, o Estado de São Paulo vai pular de R$ 832,17 milhões em contratações para R$ 1,15 bilhão. A previsão é que sejam construídas 59,4 mil unidades de casas populares, beneficiando 241,3 mil pessoas. A habitação popular terá um valor total de contratação de R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,89 bilhão será destinada para as famílias com renda entre três e 12 salários mínimos (R$ 336 a R$ 1.344). Burocracia Para facilitar a liberação dos recursos, a CEF (Caixa Econômica Federal) eliminou a burocracia da documentação que deve ser apresentada nas inscrições. As regras de aplicação -como, por exemplo, faixa de renda- foram flexibilizadas para dar maior agilidade às liberações. No ano passado, por causa dessas dificuldades, o governo conseguiu comprometer apenas 45,8% do volume de recursos previstos. Havia uma expectativa de aplicar R$ 4,11 bilhões na construção de casas para população de baixa renda e no saneamento. O valor efetivamente contratado foi de apenas R$ 1,87 bilhão. O ministro Antonio Kandir (Planejamento) já disse que o governo pretende destinar mais recursos do Orçamento da União aos municípios endividados. É que, para receber os financiamentos do FGTS, os municípios têm que oferecer uma contrapartida. Texto Anterior: Governo apura 10 mil irregularidades Próximo Texto: Acordo com Brasil é iminente, diz Menem Índice |
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