São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997
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Empresa de turismo é investigada no RJ

DA SUCURSAL DO RIO E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-delegado da Polícia Federal Paulo Lacerda, que auxilia as investigações da CPI dos Títulos Públicos, passou a noite de ontem no escritório da Fórmula Viagens e Turismo, no centro do Rio.
A empresa pertence a Ana Cristina Villaça, mulher de Fábio Nahoum, dono do Banco Vetor, que é investigado pela CPI dos Precatórios e foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central.
Lacerda chegou ao prédio às 17h56. Ele não quis dar entrevista e, com o técnico Hipólito Gadelha, que também auxilia a CPI, deixou o prédio às 23h20.
Às 19h, chegaram ao prédio o contador da Fórmula e um auxiliar, que não quiseram se identificar. Segundo o contador, eles traziam todos os documentos contábeis de 96 da empresa.
Foi pela Fórmula que a CPI descobriu que o Banco Vetor alugou um carro para Nicéa Pitta, mulher do prefeito Celso Pitta (São Paulo).
O relator da CPI, Roberto Requião (PMDB-PR), desmentiu ontem que essa investigação esteja sendo feita para localizar documentos referentes à viagem do prefeito para a Europa logo após ser eleito, em novembro de 96.
O relator da CPI teria recebido uma denúncia anônima de que as passagens de Pitta e de sua mulher foram pagas pelo Banco Vetor. Ele disse que a diligência na empresa visava aprofundar as investigações sobre os gastos do Vetor com a equipe de Wagner Baptista Ramos.
Renê
A CPI dos Precatórios decide hoje se pedirá a prisão do empresário Fausto Solano Pereira, dono da corretora Boa Safra, por falso testemunho.
Anteontem, venceu o prazo para que Pereira apresentasse à CPI comprovantes de uma suposta remessa de dinheiro que teria recebido de uma empresa sua instalada nas Ilhas Cayman.
Solano está sendo investigado porque recebeu um cheque de R$ 9,76 milhões da IBF Factoring, empresa usada pelo esquema dos títulos públicos para lavar dinheiro. No depoimento à CPI, Pereira disse ter recebido o cheque de uma pessoa identificada como "Renê".

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