São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997 |
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Funcionários do Boston têm renda extra com alta das ações
CLÁUDIA PIRES
A iniciativa é inédita no Brasil. Algumas empresas têm proposto pagamento adicional condicionado ao resultado, mas essa é a primeira vez que todos os trabalhadores de uma empresa vão receber em decorrência da alta do mercado acionário. A história, que só agora o banco está divulgando, começou em outubro, quando foram doadas pelo menos cem ações para cada um de seus 22 mil funcionários no mundo, dos quais 2.300 no Brasil. O teto foi fixado em 10% do salário anual. Na época, a ação do banco era negociada a US$ 58 em Nova York. A condição para que os funcionários recebessem o total da valorização da ação era a cotação chegar pelo menos a US$ 75, o que ocorreu em fevereiro. A opção de receber o benefício poderá ser exercida a partir de outubro, quando o programa completa um ano. Em valores de fevereiro, os funcionários no Brasil receberiam pelo menos R$ 1.700 (que é a diferença entre US$ 75 e US$ 58 multiplicada por cem). Segundo Marcelo Santos, diretor de recursos humanos, ganham mais proporcionalmente os que estiverem mais próximos da base da pirâmide salarial. Santos afirma que, em caso de desvalorização das ações, o funcionário deixa de ganhar, mas não sofre perdas. A tendência do mercado em Nova York é de alta. A valorização generalizada nos últimos meses fez com que o banco atingisse em fevereiro a cotação projetada para outubro. Sindicato gosta Ricardo Berzoini, presidente do sindicato dos bancários, aprovou. "A medida traz benefícios aos funcionários." Elizabete Aparecida Degorario, 29, caixa do Boston, afirma que quer reinvestir o dinheiro. "Pretendo comprar mais ações e deixar as que tenho valorizando para fazer um pé-de-meia." Texto Anterior: Participação acionária favorece funcionários do Boston no país Próximo Texto: BC vende dólar para esfriar demanda Índice |
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