São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Sapateador dos EUA é a atração do Percpan

LUIZ ANTÔNIO RYFF
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

A grande atração da segunda noite do Percpan 97, em Salvador, não toca nenhum instrumento de percussão.
O norte-americano Savion Glover, 23, usa a técnica do sapateado com forma de extrair som. É um dançarino preocupado com a música e o ritmo.
Considerado menino prodígio, Glover estreou na Broadway aos 12 anos.
Há dois anos se tornou o mais jovem candidato ao principal prêmio do teatro nos EUA, o Tony, na categoria coreógrafo.
No ano passado, com o espetáculo "Bring in' da Noise, Bring in' da Funk" -que conta a história da música negra norte-americana no último século usando o sapateado-, Glover recebeu o Tony.
Fred Astaire
Glover é comparado por muitos a Fred Astaire, mas Gregory Hines, o mais famoso dançarino negro, afirma que Glover é o maior sapateador da história.
A chegada de Glover à Bahia está prevista para hoje de manhã. E seu ensaio está previsto para a tarde.
Hoje, além de Glover, o festival receberá Jorge Ben Jor, o trio porto-riquenho Rhythm Explosion, o grupo carioca Jongo da Serrinha e o conjunto turco Rhythmstan Bul.
Os diretores artísticos do festival, Naná Vasconcelos e Gilberto Gil, servirão de mestres-de-cerimônia.
Eles farão o encadeamento entre cada atração e poderão participar de um trecho de um ou outro espetáculo.
Jongo
Integrado por 15 músicos, o grupo Jongo da Serrinha é vizinho da escola de samba Império Serrano, no Rio.
O conjunto, que apresentará o jongo -um ancestral do samba originário de Angola-, usa tambores como caxambu, candongueiro e angona.
Jorge Ben Jor vai mostrar um espetáculo diferente do habitual. Como todos os outros artistas, ele montou um show especialmente para o Percpan.
Porto Rico
Os dois outros grupos da noite apresentam uma coincidência. Foram criados especialmente para o festival.
O Rhythmstan Bul reúne músicos turcos de projeção, como Murat Verdi, 43, que toca percussão e teclados e já gravou com o saxofonista Miles Davis.
Formado por três porto-riquenhos, o Rhythm Explosion irá mostrar duas músicas típicas do país: a bomba -tocada com congas- e a plena -tocada com panderetas (espécies de pandeiro sem platinetas).

O jornalista Luiz Antônio Ryff viaja a convite da organização do festival.

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