São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Rebeldes da Albânia discutem novo governo

Socialistas se negam a participar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os rebeldes do sul da Albânia podem nomear hoje um governo paralelo para substituir o presidente albanês, Sali Berisha. O Partido Socialista, do primeiro-ministro Bashkim Fino, anunciou que não vai aceitar o convite para participar desse novo governo.
Os amotinados dominam várias cidades importantes do sul do país, que fica no sudeste da Europa, e exigem a renúncia de Berisha. Ultimato dado a ele venceu ontem.
Berisha é acusado de conivência na quebra de um sistema financeiro conhecido como "pirâmides", que prometia lucros altos e rápidos, mas acabou deixando a maioria dos albaneses sem dinheiro.
"A Albânia é um país europeu, não africano, e vamos trabalhar dentro do marco da Constituição vigente", disse o secretário de relações internacionais do Partido Socialista, Pandeli Majko, para quem a Presidência colegiada seria um golpe.
O acordo político que levou os socialistas a participar do governo do direitista Berisha prevê também eleições legislativas antecipadas, em junho. Berisha se propõe a deixar o cargo se seu Partido Democrático não tiver maioria.
O próprio Fino disse que a demissão do presidente, agora, iria "desestabilizar a situação".
Não se sabe exatamente quanto poder essa Presidência colegiada teria. Os rebeldes têm mais força no sul do país, mas houve motins no norte e na capital, Tirana.
O governo italiano se mostrou disposto a patrulhar as águas albanesas para evitar a fuga em massa das pessoas do país. A Albânia também pediu que a Itália ajude a reequipar as Forças Armadas albanesas, mas a Itália disse que vai evitar intervir unilateralmente.

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