São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Organizadores 'contra-atacam'

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A recepção inesperada das criança e adolescentes que participaram do protesto pela Polícia Militar fez os organizadores da passeata improvisarem um "contra-ataque".
Adolescentes receberam orientação de alguns monitores e de colegas "politizados" de devolver os brinquedos e doces recebidos da polícia.
Nesse momento, iniciou-se uma "guerra" entre os menores, munidos de partes das bonecas oferecidas pelas policiais.
"Eu gostei da boneca que ganhei e vou levá-la para casa", disse uma das participantes do protesto, Anilde Oliveira, 12.
"Fui contra os brindes porque achei que os policiais militares quiseram envolver a gente e prejudicar a passeata", contou Farley Aparecido, 13.
Músicas infantis
A passeata seguiu deixando para trás uma demonstração do canil da Polícia Militar e a banda da corporação, que tocava repertório com músicas infantis.
Durante o percurso, as crianças foram acompanhadas por policiais femininas.
Foram cerca de cinco quilômetros, percorridos durante uma hora e meia.
A "via-sacra" terminou em frente à Igreja de Santa Ifigênia (centro de São Paulo), às 11h30.
"A pastoral está escoltada, mas não aprisionada", repetia o padre Júlio Lancellotti.
Segundo ele, pela primeira vez a polícia os acompanhou.
(AL)

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