São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Consórcio estuda forma de negociar com favelas do Rio

ELVIRA LOBATO

Obras sociais poderão garantir segurança de antenas para celular
em São Paulo
O grupo mineiro Lightel, que vai disputar a concorrência para a telefonia celular privada no Rio de Janeiro, está estudando uma forma de instalar as antenas nas morros sem despertar a ira dos traficantes que controlam as favelas.
O empresário Luiz Garcia, presidente do grupo, está disposto a fazer obras de interesse social -como creches e escolas- em troca de um "acordo de paz" que garanta o acesso dos funcionários ao morro e a segurança dos equipamentos.
Segundo Garcia, o Rio é o mercado de maior interesse para o consórcio liderado pela Lightel, que conta ainda com os grupos Queiroz Galvão e Korea Mobile Telecom.
A Lightel é acionista majoritária da Companhia de Telefones do Brasil Central (CTBC), a única telefônica privada do país. Ela atua no Triângulo Mineiro e em alguns municípios do norte de São Paulo, sul de Goiás e do Mato Grosso do Sul.
Por estar instalada em quatro Estados, não pode participar das licitações de concessão para o interior de São Paulo, Minas e para o Centro-Oeste.
O empresário anunciou que o grupo japonês Kanematsu, que tinha 20% do consórcio, desistiu de disputar as concorrências no Brasil, pois tem um índice de endividamento superior ao admitido nos editais de licitação.
"Os japoneses não aceitaram o artifício de criar uma empresa nova para participar da licitação e desistiram do empreendimento", afirmou. O lugar da Kanematsu foi ocupado pela Queiroz Galvão.

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