São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Presidentes trocam presentes

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Além das dores no joelho operado há uma semana, dos exercícios de fisioterapia e da ansiedade pela imobilidade e dieta forçadas pela cirurgia, o presidente dos EUA, Bill Clinton, teve outras razões para se queixar da cúpula de Helsinque: um insistente barulho durante toda a noite de anteontem no andar acima de seu quarto e os gritos de manifestantes em frente a sua janela bem cedo na manhã.
"O presidente não teve a mais repousante das noites", disse o porta-voz de Clinton, Mike McCurry, que creditou os barulhos a uma sauna localizada acima da suíte do hotel Intercontinental.
Clinton disse a Ieltsin, quando os dois se encontraram de manhã: "Boris, eu pensei que você havia contratado um finlandês enorme para ficar pulando no meu teto".
Os manifestantes, que protestavam contra o que consideram desrespeitos aos direitos humanos nos EUA, foram dispersados pela polícia, que prendeu quatro deles.
No jantar de despedida dos dois presidentes, Ieltsin deu a Clinton uma bengala desmontável, que se dividem em três partes; uma delas é um telescópio. Clinton ainda ganhou do colega um faqueiro. O presidente dos EUA ofereceu ao russo uma escultura de um indígena sobre um cavalo para simbolizar a coragem de Ieltsin de "permanecer montado durante as piores tempestades", disse Clinton.
Clinton embarcou com sua cadeira de rodas sendo suspensa pelo caminhão que põe as comidas na cabine de passageiros.
(CELS)

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