São Paulo, domingo, 23 de março de 1997 |
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Clássico 'incendeia' o Pereirão
MÁRIO MOREIRA
Será o primeiro clássico entre duas equipes profissionais de Serra Talhada em toda a história. Prevê-se lotação, com 6.000 pessoas. Nos anos 70, o Comercial, único time profissional da cidade, brilhou na primeira divisão, mas fechou na década seguinte. A empolgação com o jogo supera a do xaxódromo (quadra onde se dança xaxado, dança originária do sertão de Pernambuco que cangaceiros levaram até a Bahia). Haverá carreata para convocar a população ao estádio, onde Garrincha fez exibição nos anos 70. Os times são parelhos. A folha salarial do Serrano é de R$ 4.500. A do Ferroviário, de R$ 3.000. O Ferroviário é mais jovem, mas aprendeu com as dificuldades do adversário em 1996. Na estréia, sem tempo para inscrever qualquer goleiro, o Serrano botou um jogador de linha no gol e perdeu. Com descendentes de cangaceiros nos dois lados, o empenho será semelhante. Deve pesar o trabalho dos preparadores físicos João Bala (Serrano, estudante não-formado de educação física) e Anazildo de Carvalho (Ferroviário, policial militar sem formação acadêmica). A espionagem é oficial. Amigo do técnico adversário, o treinador do Serrano, Toinho, assistiu a um coletivo do Ferroviário. Saiu meia-hora depois: "Já sei como a banda toca", disse. (MM) Texto Anterior: Cartolas-jogadores desafiam rivais Próximo Texto: Lampião é herói para 79% em sua cidade Índice |
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