São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Preço de imóvel no ABCD é 20% menor

DA REPORTAGEM LOCAL

O preço é um dos principais atrativos para os compradores de imóveis no ABCD. Os imóveis residenciais na região custam, em média, 20% menos do que os na capital.
Essa diferença se deve, basicamente, ao menor preço dos terrenos usados para incorporação dos edifícios, diz o presidente da Aciabc (Associação das Construtoras e Incorporadoras do Grande ABC), Milton Bigucci, 55.
Para ele, a diferença de preço leva boa parte dos potenciais compradores dos bairros paulistanos vizinhos a optar pelo ABCD.
"Temos vendido principalmente para pessoas de bairros próximos à região, como Ipiranga, Vila Mariana e Sapopemba."
Quanto mais alto o padrão do imóvel, maior será a diferença de preço com São Paulo.
Segundo Flávio Gangi Seabra, 31, diretor da construtora Seabra, o bairro com melhor padrão residencial de São Caetano do Sul, o Santa Paula, tem preços até 40% menores em relação aos praticados nos Jardins (zona oeste), um dos bairros nobres de São Paulo.
Potencial
O potencial do mercado estimulou a "invasão" da região por construtoras e imobiliárias paulistanas. A Exclusiva, por exemplo, iniciou seu trabalho no ABCD há quatro anos, segundo a gerente Teresa Cristina da Veiga e Sousa.
"Os incorporadores vieram até nós dizendo que o mercado ali era muito bom, o que de fato se comprovou", diz Teresa Cristina.
"Além disso, o nível de inadimplência dos compradores é bem menor do que em São Paulo."
Hoje, o ABCD representa 10% da carteira da Exclusiva, que é composta por cerca de 50 edifícios em lançamento ou novos, dos mais diversos padrões.
A Goldfarb, que começou a operar na região nos anos 50, já entregou "milhares" de imóveis desde então, segundo Tomás Salles, 46, diretor comercial.
"Com a implantação do setor industrial, vimos que a classe metalúrgica não era atendida", diz.
"Fazemos algumas divulgações de apartamentos em porta de fábrica", diz Flávio Gangi Seabra, diretor da construtora Seabra, que atua há 15 anos no ABCD.
"O crescimento atual do setor está setorizado nas cooperativas e imóveis para pessoas com renda menor", diz o secretário Bagnariolli (veja texto ao lado).
O leque de opções, no entanto, não se restringe a imóveis de padrão médio/médio-baixo. As ofertas procuram atender a todo tipo de compradores.
Há desde coberturas dúplex, como as do edifício Saint Etienne, vendidas pela imobiliária Exclusiva por R$ 195 mil, até apartamentos de 53 m2 a R$ 33 mil, que estão sendo construídos pela Cooperativa dos Metalúrgicos do ABCD.

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