São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 1997
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'Organizado', Report bate o Banespa

Campeão pode sair no domingo

JOSÉ ALAN DIAS
ENVIADO ESPECIAL A SUZANO

O Report/Suzano venceu o Banespa por 3 sets a 0 (15/4, 15/10 e 15/2), ontem, em Suzano, e abriu a vantagem de 2 a 0 no playoff final (melhor de cinco confrontos) da Superliga masculina de vôlei.
A definição do confronto pode acontecer no próximo domingo, quando os rivais se enfrentam novamente em Suzano (35 km a leste de São Paulo).
Jogando de maneira "organizada", como definiu o técnico Ricardo Navajas, a equipe do Report se impôs graças ao bloqueio eficiente -anotou 12 pontos nesse fundamento- e aos erros do Banespa, que cedeu outros 12 pontos para o adversário. O "massacre" durou apenas uma hora e 39 minutos.
"Hoje, jogamos dentro daquilo que havia sido planejado. O que treinamos durante a semana foi posto em prática de maneira convincente", disse Navajas.
O técnico adversário, José Roberto Guimarães, ex-seleção brasileira, criticou a falta de "espírito de luta" de seus comandados.
"Para jogar contra uma seleção, como o time de Suzano, é preciso ter garra. Não vi isso."
Concordou com ele o atacante Nalbert. "Não jogamos 20% do que o time é capaz. No decorrer do jogo, a gente deu uma baqueada e não se recuperou mais. Fiz minha pior partida no campeonato."
O destaque
Autor de dez pontos e 15 vantagens a favor de sua equipe, Giovane, do Report, só teve um rendimento inferior ao de seu companheiro Max, que anotou 11 pontos e 18 vantagens.
Mas ele foi responsável pela manutenção do passe para o levantador Marcelo e, com o russo Olikhver, dono do bloqueio que anulou Marcelo Negrão, o principal jogador do Banespa.
"Acho que tive uma boa atuação em todos os fundamentos. Conseguimos a vitória porque a equipe não se dispersou, não deu chances de o Banespa crescer."
Giovane, no entanto, reclamou do cansaço, que inclusive o fez pedir dispensa da seleção brasileira.
"Eu tive um ano desgastante. Senti um pouco no último set. Mas, nesta etapa, temos que fazer um sacrifício."
O ausente
Enquanto Giovane liderava o Report, outro "olímpico", Marcelo Negrão, teve rendimento aquém do que costuma apresentar.
Ele anotou apenas quatro pontos em toda a partida (conseguiu 21 vantagens). No primeiro jogo, havia feito 11 pontos e 32 vantagens. Ontem, foram dele cinco erros que resultaram em pontos do Report.
"Eles não deixaram a gente jogar. Foram bem o tempo inteiro. Fica difícil assim."
Negrão espera que a equipe encontre o nível do jogo que apresentou contra o Chapecó, nas semifinais, quando venceu por 3 a 2.
"Temos bagagem para estar nesta final. O que não pode acontecer é a gente se abater, baixar a cabeça diante deles."

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