São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 1997 |
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'Fargo' leva 6 prêmios dos independentes
DA ENVIADA ESPECIAL "Fargo", que concorre hoje ao Oscar de melhor filme, foi o grande vencedor, com 6 prêmios -incluindo melhor filme, diretor e atriz-, dos Independent Spirit Awards, ontem em Santa Monica.O prêmio, que teve Samuel Jackson, como mestre de cerimônia, é concedido à produção do cinema independente norte-americano. Billy Bob Thornton recebeu o prêmio de melhor filme de estréia por "Slingblade". O inglês "Segredos e Mentiras" foi reconhecido como o melhor filme estrangeiro, vencendo na única categoria em que concorria. "Não tenho dúvidas de que Hollywood me vê como um renegado", afirmou o diretor Mike Leigh a respeito de uma possível derrota no Oscar. "Mas mesmo sendo Hollywood, os que me indicaram não são burros". A jovem Heather Matarazzo foi considerada a melhor atriz estreante por "Bem-vindo à Casa de Bonecas". Como atores coadjuvantes, foram premiados Elizabeth Penã por "Lone Star" e Benicio del Toro por "Basquiat". Diretores estrangeiros Além da presença de vários filmes independentes entre os indicados, outra característica desta edição do Oscar é a inclusão de dois filmes feitos em países da ex-União Soviética -além do francês "Caindo no Ridículo" e do norueguês "The Other Side of Sunday" (O Outro Lado do Domingo)-, concorrendo ao prêmio de melhor filme estrangeiro. Entre esses diretores, o denominador comum é a liberdade de expressão possível em produções feitas fora do padrão e pressão orçamentária típicos de Hollywood. "Como diria Felini, não sei se poderia usar a ajuda que os estúdios têm para oferecer aos estrangeiros", afirma Patrice Leconte, de "Caindo no Ridículo". O tcheco Jan Sverak, diretor de "Kolya", concorda. "Como a República Tcheca passa por um período de renascimento do cinema, tudo é novo e não há pressões". Sergei Bodrov, que filmou "Prisioner of the Mountains" na Bósnia e Tchetchenia, afirma que a liberdade criativa e política lhe causaram um debate interior. "Haviam pessoas morrendo na guerra e eu não queria ter que ficar de um lado ou de outro". Texto Anterior: O Oscar vai para... E agora, Hollywood? Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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