São Paulo, terça-feira, 25 de março de 1997
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Estoque baixo deverá pressionar as cotações

DA REPORTAGEM LOCAL

O agricultor que plantou arroz deve ganhar dinheiro nesta safra.
"O mercado mundial está com estoques baixos. Há ainda uma expectativa de aumento de consumo na China", diz Carlos Macchi, analista da agência Safras, consultoria de Porto Alegre (RS).
Segundo ele, os preços podem cair a partir do final de junho, por causa do aumento da oferta, mas o arroz de melhor qualidade tem preço garantido no mercado.
Países asiáticos também estão consumindo arroz de melhor qualidade, fato que contribui para a estabilidade dos preços no mercado.
A saca de 50 kg do arroz agulhinha em casca está sendo vendida por R$ 11,30 no Rio Grande do Sul, de acordo com a agência Safras. O arroz de sequeiro está sendo comercializado na região Centro-Oeste por R$ 12 a saca.
No mesmo período do ano passado, o arroz estava sendo cotado entre R$ 10,50 e R$ 11 a saca.
Segundo Macchi, nesta temporada grande parte dos produtores bancou o plantio com recursos próprios.
"Com isso, o agricultor poderá segurar o produto para distribuí-lo na entressafra, no decorrer do ano, obtendo preços melhores", diz ele.
"O produtor deve segurar o que puder. O arroz tem que ser vendido no final de agosto ou começo de setembro", recomenda Macchi.
Para o analista da agência Safras, a produção nacional de arroz não será suficiente para atender à demanda.
"Diante desse cenário, os preços vão continuar em alta", afirma Macchi.
Nilo Trevisan, presidente do Sindarroz (Sindicato da Indústria de Arroz do Rio Grande do Sul), diz que a indústria está pagando entre R$ 11,50 e R$ 12 pela saca de arroz agulhinha.
"Com a safra, o preço deve cair um pouco, mas não deve ficar inferior ao preço mínimo de R$ 10,53", afirma.

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