São Paulo, terça-feira, 25 de março de 1997 |
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Clube faz contratos de gaveta com adolescentes
MÁRIO MAGALHÃES
Nesses documentos, os jogadores assinam, com data futura, compromissos como profissionais, entregando ao Corinthians os seus passes. O recurso, ilegal, é uma garantia do clube para recuperar o investimento na formação dos atletas e lucrar. O jogador fica "preso". Um exemplo: o meia Pinga, 15. No ano passado, um "olheiro" viu o garoto jogando pelo Ceará, de Fortaleza, e o indicou ao empresário. Feijó tirou-o da equipe de graça (não há passe de amador) e pagou R$ 500 ao "olheiro". Com a concordância dos pais do adolescente, levou-o a Maceió, onde dá casa, escola, médico, dentista e outros profissionais para acompanharem Pinga. A estrutura de Feijó para "engordar" seus "caranguejos", como ele diz, é tão ou mais sofisticada que a dos grandes clubes. No CSA, seus cinco atletas fazem exames físicos, avaliados por computador, à parte. Feijó paga até o salário. "É investimento." (MM) Texto Anterior: 'Nosso espaço tende a crescer' Próximo Texto: Corinthians nordestino Índice |
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