São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997 |
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Assessor de FHC foi sócio de investigado
DANIEL BRAMATTI
A Folha apurou que Lavareda detinha, até dezembro passado, 25% da Pólo, empresa de consultoria de Roberto Viana com sede em Pernambuco. A sociedade, que durou dois anos, não estava oficialmente registrada. Alba Menegazzo, ligada a Lavareda, foi utilizada como "testa-de-ferro" na empresa. Lavareda e Viana começaram a trabalhar juntos antes mesmo de formar a sociedade, no começo de 1995. Na campanha eleitoral de 94, foi Lavareda quem indicou Viana para operar como coordenador da campanha do tucano Tasso Jereissati ao governo do Ceará. No segundo turno, os dois continuaram a parceria na campanha de Roseana Sarney (PFL), no Maranhão. Viana assumiu o cargo de cargo de coordenador-geral da campanha e ajudou Roseana a derrotar Epitácio Cafeteira (PPB). Com isso, o empresário conquistou a confiança da família Sarney e viabilizou futuros contatos que faria em nome do Banco Vetor. Viana procurou "vender" ao governo maranhense uma operação de emissão de títulos públicos para pagar precatórios, como as realizadas em Pernambuco e Santa Catarina. A operação só não foi adiante porque o governo maranhense não havia cumprido requisitos legais, segundo o depoimento de Ronaldo Ganon, sócio do Vetor. Viana, ligado ao secretário da Fazenda de Pernambuco, Eduardo Campos, também tem contatos com o Palácio do Planalto. Ele é produtor de um projeto, aprovado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, para melhorar a imagem do Brasil no Exterior. Lavareda foi procurado na tarde de ontem pela reportagem da Folha. Até o fechamento desta edição, ele não havia respondido ao recado deixado com sua secretária. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Tuma afirma que Split é dona de casa de câmbio paraguaia Próximo Texto: Ligações mostram 'assédio' a secretário Índice |
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