São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997
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Polícia vai abrir inquérito

DA FOLHA CAMPINAS

A Polícia Civil e o Ministério Público vão investigar as causas das mortes por infecção em seis hospitais de Campinas.
Segundo o delegado-seccional de Campinas, Arialdo Registro, assim que ou a secretaria estadual ou a municipal da Saúde registrarem um boletim de ocorrência, deverá ser aberto inquérito policial.
"Se for constatada responsabilidade de alguém, essa pessoa será indiciada."
A promotora de Justiça Adriana Borghi Fernandes Monteiro, 26, disse que a promotoria está aguardando a comunicação da secretaria ou divulgação da imprensa para instaurar um processo.
Mortes anteriores
Em junho de 1995, sete bebês prematuros morreram na UTI neonatal do Caism, por contaminação provocada pelo NPP.
Seis mortes ocorreram em 48 horas. O medicamento era produzido pelo próprio Caism.
O surto foi considerado pela Secretaria de Estado da Saúde um dos mais graves da história do Estado de São Paulo.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as responsabilidades pelas mortes.
No último dia 10, um ano e nove meses depois da infecção, o promotor de Justiça, Arthur Pinto de Lemos Júnior, pediu arquivamento do inquérito.
O argumento do promotor foi que a não-preservação das condições do berçário onde os bebês morreram prejudicou as investigações policiais.
O agente causador da infecção foi a mesma bactéria que a Unicamp identificou como agente neste caso.
Na época, a Vigilância Sanitária estadual proibiu a fabricação do NPP pelo Caism e o centro passou a comprar o produto da Tecnopharma.

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