São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997
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Clientes aprovam intervenção e mantêm fidelidade a banco

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois da intervenção do BC (Banco Central) e do anúncio da venda para o Hong Kong and Shangai Bank, os correntistas do Bamerindus em São Paulo continuavam numa boa.
Todas as pessoas ouvidas pela Folha e que utilizaram caixas eletrônicos do Bamerindus não o fizeram em função da notícia da intervenção, divulgada anteontem.
A principal causa da procura, segundo os entrevistados, foi a necessidade de retirar dinheiro em um dia de feriado bancário.
Os correntistas também não se mostraram preocupados com o futuro do banco e afirmaram que manteriam suas contas no banco.
O advogado Gederson Gudin Di Marzo, 50, foi mais longe que a maioria. Em vez de sacar, Di Marzo aproveitou para depositar dinheiro em um caixa eletrônico na região da avenida Paulista.
"A decisão vai fortalecer o Bamerindus, porque o comprador é um banco grande. A venda foi acertada", disse.
O advogado reclamou apenas da demora do BC em intervir no banco. Segundo ele, isso se justifica pelo fato de um dos controladores do Bamerindus, o senador José Andrade Vieira, ser político e "homem do governo".
A professora Vânia de Oliveira, 34, cinco deles como cliente do Bamerindus, acha que a situação foi resolvida de forma satisfatória.
"O importante é que os clientes não saíram prejudicados", acredita ela, que recorreu ao caixa eletrônico para se prevenir no feriado.

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