São Paulo, domingo, 30 de março de 1997 |
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Artista batalha por escultura para Senna
LUÍS CURRO
Esse é o mote do artista plástico e produtor cultural Roberto Motta, 36, para tentar concretizar um projeto de quatro anos de vida. Em 1993, para prestar uma homenagem ao brasileiro Ayrton Senna, três vezes campeão mundial de F-1 (morto em acidente no GP de San Marino, em Imola, em 94), Motta teve a idéia de erguer uma escultura do carro do piloto. O projeto, já aprovado pela Prefeitura de São Paulo, seria concretizado pelas mãos do escultor Nicolas Vlavianos. O local do monumento -esculpido, conforme o projeto original, em aço inox- seria no autódromo de Interlagos, em uma região gramada localizada atrás das arquibancadas do setor K. O início do trabalho está emperrado por falta de verbas. Segundo Motta, são necessários cerca de R$ 90 mil para que o carro -um McLaren MP4/6- possa ser esculpido. Mas, até o momento, nenhuma empresa procurada aceitou bancar a homenagem a Senna. "Elas alegam ter outras prioridades, mas, na verdade, ninguém quer associar sua imagem à de uma pessoa morta", diz Motta. Se não obtiver um patrocínio logo, Motta afirma ter outro recurso para obter o dinheiro para levar o projeto adiante. "O Tche (apelido Lucio Pascual Gascon, amigo de Senna) se propôs a leiloar o motor do kart com que o Senna conseguiu sua primeira vitória, em 73." Motta já organizou duas exposições em São Paulo -com pinturas, fotografias e objetos- sobre Senna: "Automobilismo - Trajetória e Velocidade" (92) e "Tributo a Ayrton Senna" (95). Mas, mesmo sem o monumento, a imagem de Senna continua viva na memória de muita gente -e não só no Brasil. "Ele foi o melhor piloto de todos os tempos", diz o peruano Carlos Alfonso Merino, 51. Microempresário, veio ao Brasil apenas para assistir ao GP. "No Peru, praticamente não há corridas. Não há dinheiro para patrocinar ninguém." Texto Anterior: Villeneuve quer 'estrear' hoje Próximo Texto: Pneus deixam os carros da F-1 mais velozes no Brasil Índice |
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