São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Israelenses matam estudante palestino

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um estudante palestino de 20 anos foi morto com um tiro nas costas em enfrentamentos com tropas israelenses na cidade de Ramallah (Cisjordânia). É a primeira vítima fatal dos confrontos, que ontem entraram no décimo dia.
"Essa morte é uma declaração de guerra", disse o ministro das Finanças palestino, Mohammed Nachachibi.
Abdullah Khalil Abdullah participa dos protestos contra a construção de 6.500 casas para judeus em Jerusalém oriental, que os palestinos reivindicam como futura capital de um eventual Estado.
Em um sinal de que a crise tende a se agravar ainda mais, a liderança palestina anunciou não aceitar as condições impostas por Israel para retomar o processo de paz.
Na sexta-feira, após encontrar-se com um enviado do governo dos EUA, o premiê de Israel, Binyamin 'Bibi' Netanyahu, exigiu que Arafat tomasse medidas concretas para combater o terror.
Um suicida do Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) explodiu uma bomba em Tel Aviv na semana passada, matando três israelenses. 'Bibi' sustenta que a Autoridade Nacional Palestina deu a entender a grupos radicais que eles tinham "luz verde" para atacar.
Arafat e os palestinos negam. Ontem, o líder voltou à faixa de Gaza e disse que não foi pressionado pelo norte-americano Dennis Ross a manter o controle sobre os palestinos. "Eles (os americanos) são contra a violência, especialmente a das colônias e a 'judaização' de Jerusalém'."
Pelo menos outros 24 palestinos ficaram feridos ontem em choques na Cisjordânia. Em Belém, uma imagem de Netanyahu foi queimada. Depois, um ônibus com turistas estrangeiros foi atingido por pedras quando passava diante de palestinos que atacavam os soldados de Israel.

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