São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Construa seus próprios móveis

MARCELO LIMA

Projetar mobiliário com desenho exclusivo pode reduzir custos e personalizar ambientes
Ir a uma loja de decoração e encontrar um móvel específico nem sempre é tarefa fácil.
Projetar os próprios móveis -ou mesmo reproduzir soluções propostas em revistas- pode ser uma boa opção para personalizar a decoração e, às vezes, reduzir o orçamento.
Para quem quer seguir esse caminho, o primeiro passo é escolher os materiais adequados à peça em questão. Depois, definir o desenho final com os profissionais encarregados por cada etapa e acompanhar com cuidado todas as fases da produção.
A arquiteta Daniela Junqueira, por exemplo, optou por desenhar um móvel em madeira com rodízios, para garantir mobilidade na sala de estar. Após definir o desenho, ela contratou um marceneiro, que desenvolveu a peça sob sua orientação. Com linhas curvas e prateleiras na parte inferior, o móvel, segundo ela, custou a metade do preço cobrado por modelos similares encontrados nas lojas.
Satisfeita com o resultado, ela começou também a reciclar peças, e transformou um velho armário em estante para livros e papéis. As portas de madeira foram revestidas com tela e, após ser lixado, o móvel recebeu novas cores e acabamento que preservaram seu aspecto rústico.
Mas nem sempre é a funcionalidade ou a preocupação com a economia que orienta a vontade de se fazer móveis exclusivos.
Para Luís Alberto Altílio, que comercializa tapetes orientais, a inspiração para desenhar móveis partiu de suas viagens de trabalho a países como a Turquia e o Afeganistão. Segundo ele, nesses países é comum dispor banquetas e mesas por todos os ambientes da casa.
Assim, a partir das referências étnicas e dos materiais de revestimento que acumulou em suas viagens, ele passou a desenhar móveis em ferro. "Por ser um material maleável, o ferro reproduz bem as curvas do desenho oriental", diz.
Auxiliado por uma amiga arquiteta, ele definiu a proporção dos móveis e contratou os serviços de um serralheiro e de um tapeceiro. E, após quatro protótipos, chegou ao modelo final. "Mesmo custando mais caro que um modelo convencional, a satisfação de ter uma peça única compensa o investimento", explica.

Texto Anterior: ÚTEIS E FÚTEIS
Próximo Texto: Na hora de projetar
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.