São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Teste compara 1 italiano e 2 alemães

JOSÉ CARLOS CHAVES
EDITOR DE VEÍCULOS

Num país que faz sol a maior parte do ano, os conversíveis têm tudo para agradar. Nessa categoria, três roadsters (conversíveis esportivos e pequenos) vendidos no Brasil guardam muitas semelhanças entre si. O italiano Spider (da Alfa Romeo) e os alemães Z3 (BMW) e SLK 230 Kompressor (Mercedes-Benz) são fabricados por marcas estrangeiras com tradição em luxo e desempenho, são caros e, principalmente, belíssimos. Porém cada elemento desse trio também apresenta características distintas.
No design, o SLK é o mais discreto, mesmo assim chama muita atenção. Spider e Z3 adotam linhas mais atrevidas, principalmente o BMW, com seu estilo moderno e agressivo.
Na hora de comparar a performance de cada um, as coisas mudam. O Spider é quem se dá melhor. Seu valente motor V6 3.0 leva 8,13 segundos para atingir os 100 km/h. Já o Z3 e o SLK ficam quase empatados, com 9,27 segundos e 9,38 segundos, respectivamente.
Em altas velocidades, o Mercedes leva a melhor. Para acelerar de 0 a 140 km/h, precisou de 18,65 segundos contra 24,63 segundos do BMW. Ainda assim, ficou atrás dos 15,23 segundos do Alfa.
No geral, o Spider é um carrinho mais ágil e nervoso, sempre pronto a responder ao menor toque do acelerador. O SLK também esbanja potência, mas se apresenta mais manso em baixa rotação, o que apaga um pouco o seu desempenho, especialmente na cidade.
Se o Z3 fica a dever um pouco em altas velocidades, no trânsito urbano ele mostra seu valor, em parte também pelo câmbio de engates rápidos e precisos. É o melhor câmbio dos três roadsters, seguido pelo do Spider e do SLK.
No quesito suspensão, ponto para o SLK: é a mais estável (principalmente em curvas velozes) e aguenta melhor o malcuidado piso brasileiro. Bem diferente do Spider, cuja pouca altura do carro sofre com buracos e lombadas.
Internamente, o conversível da Mercedes é de longe o mais espaçoso, silencioso e confortável. Tem vários porta-objetos e a enorme comodidade da capota com acionamento elétrico. Peca em não dispor de ajuste de altura do volante (só de profundidade).
Enquanto o Spider é o mais apertado dos três, o Z3 decepciona no pobre acabamento -nem sequer dispõe de regulagem do volante.
Com um preço básico de US$ 64 mil, o Spider apresenta a melhor relação custo/benefício, já que é o mais potente e o mais barato do grupo. Apesar de mais caro (US$ 91 mil), o SLK tem capota elétrica, melhor acabamento interno e ótimo nível de equipamentos. Na lanterna, vem o Z3, de US$ 72,5 mil.

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