São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997 |
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Torcida diferente
MARCELO DIEGO
Com a experiência de Morumbis e Pacaembus, assistindo a clássicos de futebol, estranhei, neste fim-de-semana, a torcida do automobilismo. Nada de bandeiras, batuques ou refrões. A convite da LRC, empresa de táxi aéreo, acompanhei alguns embarques e desembarques de passageiros VIPs (sigla em inglês para pessoa muito importante). Foram torcedores que aceitaram pagar, no mínimo, R$ 240 para voar seis minutos desde os aeroportos de Congonhas ou Campo de Marte. Parecia que a viagem de helicóptero era mais emocionante que o fato de estar chegando ao autódromo. Nenhuma camisa de equipe ou de piloto -símbolo de preferência ou admiração. É lógico que a parcela de torcedores que serviram-se desse serviço era muito pequena em comparação ao total do público. Mas não empolgou. Apesar de ter sido uma corrida fantástica. * Foram 35 helicópteros pousando e decolando num intervalo médio de 10 segundos. De um a cinco passageiros em cada aeronave. Tráfego intenso, principalmente a partir das 10h. Segundo o DAC (Departamento de Aviação Civil), a operação em Interlagos é de longe a maior da América Latina. E nenhum problema, é importante ressaltar. Aliás, só um. Um torcedor desceu tão contente do helicóptero, tão satisfeito em viajar pelos ares de São Paulo, creio, que só em terra se deu conta de um detalhe: havia esquecido o ingresso dentro da nave. Problema contornado rapidamente. * Esportivamente, Rubens Barrichello ainda está distante do seleto clube dos melhores do mundo. Mas ganhou o troféu simpatia. Descendo do helicóptero fez questão de cumprimentar todos os funcionários do heliporto. E agradecimentos especiais aos comandantes Fábio, César Alexandre e Jorge Faria pelos conselhos e dicas. Texto Anterior: Tudo sobre o GP Brasil Próximo Texto: Prost elogia seu primeiro piloto Índice |
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