São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Partido retira apoio a coalizão e abre crise política na Índia

Menos de um ano depois, país pode ter novas eleições

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Partido do Congresso retirou seu apoio à coalizão Frente Unida e pediu a renúncia do premiê indiano, Deve Gowda, no poder há apenas dez meses. O líder do Partido do Congresso, Sitaram Kesri, enviou carta ao presidente da Índia, Shankar Dayal Sharma, oferecendo-se para formar um novo governo.
Kesri disse que Gowda não mantém a lei e a ordem nem consegue evitar a alta dos preços.
No entanto, analistas avaliam que o Partido do Congresso quer, com a manobra, tentar reaver seu prestígio, abalado por derrotas em eleições locais.
Nas eleições de abril e maio de 1996 nenhum partido conseguiu maioria, apesar de o partido direitista e fundamentalista hindu Bharatiya Janata (PBJ) e aliados terem saído do pleito como o maior bloco, com 194 das 545 cadeiras.
O líder do PBJ, Behari Vajpayee, formou um governo, mas teve de renunciar 12 dias depois, quando o Parlamento se preparava para votar uma moção de desconfiança que ele certamente perderia.
O Partido do Congresso, com 136 cadeiras, concordou então em dar apoio à Frente Unida -uma coalizão de 13 partidos de centro e esquerda, a qual foi também respaldada por partidos regionais e por congressistas independentes.
Vajpayee comentou que a convocação antecipada de eleições na Índia se tornou agora inevitável, pois "nenhum partido tem condições de formar sozinho um novo gabinete".
Pesquisa de opinião do mês passado mostra que o PBJ, de Vajpayee, é o único partido que pode lucrar politicamente com a antecipação da eleição.

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