São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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Carro-forte é nova pista

DA REPORTAGEM LOCAL

As investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Precatórios apontam para a possibilidade que o dinheiro arrecadado com operações ilegais no mercado financeiro tenha sido "esquentado" sem deixar o país.
Segundo o senador Romeu Tuma (PFL-SP), que participa das investigações para a CPI em São Paulo, é possível que o dinheiro tenha sido enviado em espécie, por meio de carros-fortes, para bancos brasileiros na fronteira do Brasil com o Paraguai e aceito como se fosse enviado do Paraguai.
Tuma, que esteve na fronteira dos dois países na semana passada, disse que "o movimento de carros-fortes triplicou em meados do ano passado. Os bancos possivelmente aceitaram o dinheiro transportado por meio de boletos falsificados."
Dessa forma, baseando-se numa operação que permite a alguns bancos receber reais do exterior, convertê-los em dólares e transferir o dinheiro para contas dos próprios bancos no exterior, as empresas envolvidas no esquema dos precatórios estariam "esquentando" seu dinheiro.
Tuma citou a empresa carioca Transvalor, que recebeu R$ 200 mil da empresa "laranja" IBF Factoring, do empresário Ibraim Borges Filho. Ele disse que a empresa "precisa ser investigada porque pode ser a que fez o transporte". A Folha não conseguiu falar com a diretoria da empresa.

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