São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997 |
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Metalúrgicos da Ford querem acabar com a jornada flexível Sistema é utilizado na fábrica do ABC desde outubro de 95 FÁBIO ZANINI
Os trabalhadores ameaçam aprovar o fim da jornada flexível na Ford, em plenária com os trabalhadores da empresa a ser realizada no próximo sábado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT). A Ford foi a primeira empresa do ABC a flexibilizar a jornada, graças a acordo com o sindicato. "A jornada flexível é um grande avanço, mas os trabalhadores estão insatisfeitos com a forma como ela está implantada. Há um grupo grande dentro da fábrica que defende o fim desse sistema", afirmou Rafael Marques da Silva, coordenador da comissão de fábrica da Ford. A comissão deverá defender a manutenção da jornada flexível, mas com alterações. A principal mudança seria a fixação de um limite de tempo pelo qual a jornada pode permanecer no pico ou no ponto mais baixo. Dependendo do ritmo de produção, a jornada de trabalho, que é de 42 horas semanais normalmente, pode variar entre 38 horas e 44 horas. Se a jornada exceder as 42 horas, o empregado fica com crédito em um "banco de horas". Caso seja inferior, fica em débito. "No ano passado, ficamos quase todo o tempo trabalhando 38 horas porque a produção estava baixa. Ficamos com muito débito com a empresa", disse João Rodrigues, secretário-geral da comissão. A fábrica da Ford em São Bernardo tem 7.500 trabalhadores. Procurada ontem, a empresa não se manifestou sobre o assunto. Texto Anterior: Brasil vai negociar com Mercosul Próximo Texto: Americanos vão plantar mais soja Índice |
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