São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997 |
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Palestras discutem obra do 'maldito'
ERIKA SALLUM
Além de duas de suas peças ("Navalha na Carne" e "Quando as Máquinas Param") ganharem adaptação cinematográfica, outros textos escritos por ele retornarão aos palcos neste ano. Um exemplo é "A Dança Final", que será montada em junho pelo diretor Fauzi Arap. A partir de hoje, mais um evento consagra Plínio Marcos: a Oficina Cultural Oswald de Andrade, localizada no Bom Retiro (região central de São Paulo), inaugura um ciclo de palestras sobre a obra do dramaturgo. Entre os participantes, estão o próprio Plínio Marcos, o diretor do grupo Tapa, Eduardo Tolentino, e o diretor Fauzi Arap (veja quadro ao lado). Os debates fazem parte de um projeto da instituição de incentivar a formação teatral. Peça final Entre os eventos que integram o projeto, estão oficinas de cenografia e figurinos, de interpretação, de trilha sonora etc. "No final, os grupos de cada oficina se juntarão para produzirem uma peça", explica Rosana Delellis, diretora da Oswald de Andrade. Cada divisão do projeto aborda uma das fases da elaboração de um espetáculo. Elas têm em comum o texto teatral que utilizam para desenvolver o trabalho: "O Assassinato do Anão do Caralho Grande", de Plínio Marcos. "Queremos dar uma noção maior da obra de Plínio para nossos alunos, mas o ciclo que se inicia hoje é aberto a todos", afirma a diretora. Algumas das oficinas já estão com as inscrições esgotadas, por isso é bom se informar antes na instituição, pelo telefone (011) 221-5558. O projeto de incentivo à formação teatral é coordenado pelo diretor Marco Antônio Rodrigues, indicado para o Prêmio Shell de 1995 por "Verás Que Tudo É Mentira". Improviso O diretor Fauzi Arap, que participa dos debates no próximo dia 7, conta que vai improvisar em sua palestra sobre o dramaturgo. "Meu envolvimento com Plínio é grande. Contarei as histórias que tive com ele e falarei sobre seus personagens", disse Arap. O diretor montou no Rio pela primeira vez as peças "Navalha" e "Perdidos". Além disso, Plínio conheceu sua primeira esposa, Walderez de Barros, em um espetáculo estudantil dirigido por Arap nos anos 60. "Ele não estudou muito, mas levou ao palco a linguagem das ruas, simbolizada pelos palavrões, pelos diálogos saborosos de seu texto", diz Arap, comentando a obra do autor. Texto Anterior: Teste seus conhecimentos de vestuário Próximo Texto: Destaques Índice |
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