São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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Itália propõe investigar com Albânia colisão de embarcações

Oposição italiana contesta envio de força militar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O premiê italiano, Romano Prodi, disse que o acidente com o barco de refugiados albaneses, em que morreram ao menos 80 pessoas, deve ser investigado por uma comissão de que participe a Albânia.
"Eu sou favorável a um esforço bilateral albanês-italiano para esclarecer os fatos", afirmou Prodi.
Na sexta, choque com uma fragata italiana fez com que afundasse um barco com mais de cem albaneses a bordo -34 foram resgatados. A Itália havia proibido o desembarque de novos refugiados em seu território.
A Albânia velou os mortos e acusou a Itália pelo acidente. Os rebeldes que controlam várias cidades albanesas ameaçaram atacar italianos encontrados em seu território.
A crise albanesa começou quando fundos de investimento faliram e deixaram milhares na miséria. Revoltados, muitos albaneses se armaram e assumiram o controle de várias cidades do país.
A oposição de direita italiana contestou ontem o envio de uma força liderada pelo país à Albânia.
"O acidente tornará a nossa missão na Albânia mais difícil porque muitos albaneses estão ressentidos conosco", disse Silvio Berlusconi, líder da direita.
"Não é possível enviar nossos soldados", afirmou a deputada de direita Alessandra Mussolini.
A Itália foi a principal defensora do envio de militares à Albânia.
A força multinacional, prevista para ser comandada pelos italianos, contará com contingentes de diversos países europeus. Espanha, Grécia e Romênia se comprometeram a enviar soldados para compor a força, que deverá proteger os mantimentos e medicamentos a serem enviados à Albânia.

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