São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
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REPERCUSSÃO

Antônio Carlos Magalhães, presidente do Senado - "O trabalho do governo vai por terra diante de um crime absurdo como esse praticado em São Paulo, visto ontem pela televisão."

Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados - "Na verdade, a polícia tem de agir com muita firmeza, mas sem violência. Violência significa violar a ordem jurídica."

Sepúlveda Pertence, presidente do Supremo Tribunal Federal - "As imagens são extremamente chocantes e mostram a necessidade urgente de cessação dos constantes episódios de desrespeito aos mais mínimos direitos humanos."

James Cavallaro , coordenador do Human Rights Watch/Americas - "As cenas eram de uma violência indescritível, mas sabemos que são corriqueiras. A grande diferença é que elas foram filmadas. A polícia de São Paulo tem lutado para conter a violência. Houve menos gente morta no ano passado que nos anos anteriores, mas as cenas mostraram que é difícil reverter esse quadro policial, marcado pela truculência e pela impunidade."

Rubem César Fernandes, coordenador do Movimento Viva Rio - "As cenas mostraram que as instâncias internas de controle da polícia não são suficientes. É preciso criar relações mais estreitas entre a Polícia Militar e os moradores, para que as pessoas possam denunciar os erros cometidos pelos policiais, sem que essa denúncia signifique praticamente um suicídio. A grande agenda de hoje é criar vínculos permanentes entre as comunidades e a polícia."

Roberval Conte Lopes, deputado estadual (PPB) - "As imagens mostram um absurdo. Além de espancamentos, a gente vê o roubo e o assassinato a sangue frio. O pior de tudo é que o governador não mexe no secretário, no comando geral da PM, nem no comando de policiamento metropolitano. Na caserna, diz-se que a tropa é um reflexo do chefe. Os bons policiais estão afastados e os bandoleiros estão na rua."

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